sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Poema: Puxe uma corda, uma marionete se mexe

cada homem precisa perceber
que tudo pode, subitamente,
desaparecer:
o gato, o pneu dianteiro,
o trabalho,
a cama, a mulher, o quarto; todas suas necessidades
incluindo o amor,
descanse num alicerce de areia —
e em qualquer causa alheia,
não se importe com a grandeza:
a morte dum garoto em Hong Kong
ou uma nevasca em Omaha…
podem servir como sua ruína.

todas quinquilharias da China indo
d’encontro ao chão, sua namorada entrará
e bêbado você estará
e ela perguntará:
meu deus, o que foi que aconteceu?
e você dirá: não sei,
eu não sei…


Tradução: Alice Dias

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