Livro - O Amor é um Cão dos Diabos
sábado, 20 de outubro de 2012
sábado, 1 de setembro de 2012
O último poema de Charles Bukowski enviado por fax a seu editor
oh, forgive me For Whom the Bell Tolls,
oh, forgive me Man who walked on water,
oh, forgive me little old woman who lived in a shoe,
oh, forgive me the mountain that roared at midnight,
oh, forgive me the dumb sounds of night and day and death,
oh, forgive me the death of the last beautiful panther,
oh, forgive me all the sunken ships and defeated armies,
this is my first FAX POEM.
It’s too late:
I have been
smitten.
Fonte: Booktryst // Open Culture
terça-feira, 28 de agosto de 2012
"Nem tente", eis Bukowski:
Hoje algo especial para tirar aos tapas as traças que comiam esse blog.
Em vídeo, uma pequena - e muito bem feita - biografia sobre o velho safado.
Eis aqui, Bukowski:
Todos os créditos ao grande Cláudio Ramos. Sigam-no no twitter, se tiverem gostado do vídeo.
Abraços.
Em vídeo, uma pequena - e muito bem feita - biografia sobre o velho safado.
Eis aqui, Bukowski:
Todos os créditos ao grande Cláudio Ramos. Sigam-no no twitter, se tiverem gostado do vídeo.
Abraços.
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
Mulheres
Lydia - eu disse - você trepou com o Marvin não trepou?
- Que cê tá falando?
- Daquela vez que você foi lá sozinha, tarde da noite.
- Que porra, eu não quero ouvir falar nisso!
- Mas é verdade, você trepou com ele!
- Escute, se você continuar com isso eu não vou aguentar!
-Você trepou com ele!
Lydia entrou no acostamento, parou o carro e abriu a porta do meu lado.
-"Sai" disse ela.
Saí. O carro arrancou. Fui caminhando pelo acostamento. De vez em quando dava uns goles na garrafa. Andei uns cinco minutos, daí o carro encostou do meu lado. Lydia abriu a porta.
"- Entre". Entrei.
- Não diga uma palavra.
- Você trepou com ele. Sei disso.
- Ó Deus!
Lydia entrou de novo no acostamento, parou e abriu a porta. "- Sai!"
- Que cê tá falando?
- Daquela vez que você foi lá sozinha, tarde da noite.
- Que porra, eu não quero ouvir falar nisso!
- Mas é verdade, você trepou com ele!
- Escute, se você continuar com isso eu não vou aguentar!
-Você trepou com ele!
Lydia entrou no acostamento, parou o carro e abriu a porta do meu lado.
-"Sai" disse ela.
Saí. O carro arrancou. Fui caminhando pelo acostamento. De vez em quando dava uns goles na garrafa. Andei uns cinco minutos, daí o carro encostou do meu lado. Lydia abriu a porta.
"- Entre". Entrei.
- Não diga uma palavra.
- Você trepou com ele. Sei disso.
- Ó Deus!
Lydia entrou de novo no acostamento, parou e abriu a porta. "- Sai!"
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
Uma mudança de hábito
Shirley chegou à cidade com uma perna quebrada
e conheceu o chicano que fumava
longos charutos slim
e eles foram morar juntos
na Beacon Street
5º andar;
a perna não atrapalhava
muito e
eles assistiam televisão juntos
e Shirley cozinhava, de
muletas e tudo;
havia um gato, Bogey,
e eles tinham alguns amigos
e falavam sobre esportes e Richard Nixon
e de como era difícil tocar
as coisas.
funcionou por alguns meses,
Shirley se livrou até do gesso,
e o chicano, Manuel,
conseguiu um emprego no Biltmore,
Shirley costurava todos os botões caídos
das camisas de Manuel, remendava e emparelhava as meias
dele, então
um dia Manuel retornou para casa, e
ela havia sumido -
sem discussão, sem bilhete, apenas
sumira, levando todas as roupas
e pertences, e
Manuel sentou-se junto à janela e olhou para a rua
e não foi ao trabalho
na manhã seguinte nem
na outra e nem
na outra, sequer ligou para avisar,
perdeu o emprego,
recebeu uma multa por estacionamento proibido, fumou
quatrocentos e sessenta cigarros, foi
preso por embriaguez, saiu por
fiança, foi
a julgamento e se confessou
culpado.
quando o aluguel venceu ele
se mudou da Beacon Street,
deixou o gato e foi viver com
seu irmão e
os dois enchiam a cara
todas as noites
e falavam sobre o quão
terrível
era a vida.
Manuel jamais voltou a fumar
aqueles longos charutos slim
porque Shirley sempre dizia
como
ele ficava bonito
com eles na boca.
- Charles Bukowski; uma mudança de hábito em O amor é um cão dos diabos.
segunda-feira, 23 de julho de 2012
Poema: sobre dor
minha primeira e única esposa
fez uma pintura
e falou para mim
sobre ela:
"É tudo tão doloroso
para mim, cada pincelada é
dor...
um erro e
todo o quadro é
arruinado...
você nunca vai entender a
dor ... "
"olha, querida," eu
disse, "por que você não faz algo fácil
algo que você gostaria de
fazer?"
ela apenas olhou para mim
e eu acho que foi a sua
primeira compreensão da
tragédia de ficarmos
juntos.
tais coisas normalmente
começam
em algum lugar.
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